O Dia 8 de março é internacionalmente conhecido pela luta pela igualdade de direitos das mulheres. Pensando nas dificuldades enfrentadas diariamente por condições de trabalho iguais para ambos os gêneros, o programa Cidade Integrada tem contratado mulheres pela Emop (Empresa de Obras Públicas do Rio de Janeiro), vinculada à Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras. No total, já são seis profissionais que começaram a trabalhar nas obras que estão acontecendo nas comunidades do Jacarezinho e Manguinhos.
Mãe de dois jovens, a moradora de Manguinhos, Joice Ferreira da Silva (39), realizou o sonho de se formar como eletricista de obras e instalações prediais. A alegria de conquistar o emprego que sonhava e trabalhar na área escolhida, dessa vez para o Governo do Estado, é um projeto do qual a eletricista se orgulha de participar.
- Minha vida só mudou quando eu me qualifiquei e recebi essa oportunidade do governo. Sou formada como eletricista há 10 anos. As portas se abriram para que eu ganhasse melhor e abandonasse o emprego em supermercados. Dois dias depois de me cadastrar no banco de empregos da construção civil para o Cidade Integrada, fui chamada para o processo admissional -, declara a eletricista, que estava desempregada desde setembro de 2021.
Joice foi uma das moradoras beneficiadas pelas ações do Governo do Estado, através do programa Cidade Integrada, que já chegou proporcionando mais oportunidades de trabalho, renda e reinserção ao mercado de trabalho na região. Agora, ela atua nas obras de reforma do Colégio Estadual Luiz Carlos da Vila, em Manguinhos.
De acordo com o secretário de Infraestrutura e Obras, Max Lemos, este é apenas um dos inúmeros pontos positivos que o programa trouxe para a comunidade.
- Nossa obrigação é fazer obras, melhorar a infraestrutura. E temos mulheres que são ótimas profissionais da construção civil, mas não tinham oportunidades. Em nossas obras, reservamos uma cota só para elas -, declarou Lemos.
Segundo o diretor-presidente da EMOP-RJ, André Braga, a orientação é contratar, no mínimo, 5% de mulheres nas frentes de obras da empresa.
- Desta forma, o Governo do Estado dá o exemplo e abre um novo espaço de trabalho para a mão de obra feminina no mercado da construção civil -, explica André.
Mão de obra feminina
Na obra da escola, Joice cuida de toda parte elétrica dos ventiladores, circuito de corredor, ar-condicionado e se sente privilegiada por saber que seu trabalho dará mais qualidade e conforto para o ambiente escolar.
- Eu trabalho igual, ganho igual, não sou tratada diferente e nem tenho regalia, sou uma eletricista num canteiro de obras, não uma mulher na obra – se orgulha Joice.
Segundo a eletricista, sua renda triplicou após conseguir atuar na sua profissão. Ela recebe R$ 2.275,00, que é o piso determinado pelo sindicato para homens e mulheres. A luta feminina não para e, por isso, o governo do estado reserva pelo menos 5% das vagas direcionadas às mulheres.
Junto da Joice também trabalha a servente do almoxarifado, Lucinaide da Silva Araújo, de 44 anos e tem muito capricho pelo que faz. Conta a felicidade que é poder ser uma mulher que trabalha na área que deseja e ser respeitada.
- O Cidade Integrada nos ajudou a construir sonhos e mostrar que nosso lugar é aonde quisermos estar. Eu trabalho aqui hoje e faço um pouco de tudo que possa ajudar a equipe, faço com o carinho que as mulheres tem em especial-, concluiu.
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