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    Superlotação da Região preocupa autoridades e gera uma Reunião de Emergência para discutir a situação.

    Foto : Ronaldo de Oliveira 



    Uma reunião de emergência foi marcada para terça-feira por empresários de Cabo Frio para discutir os problemas causados pela superlotação da cidade – a maior da Região dos Lagos no feriadão da passagem de ano. Problemas também aconteceram em Arraial do Cabo e Búzios, além dos transtornos nas vias de acesso à principal região turística do estado, sobretudo na BR-101. O quadro foi agravado com a falta de água nos municípios atendidos pela concessionária Prolagos. A Região dos Lagos recebeu 200 mil turistas a mais que no réveillon do ano passado.

    Neste feriadão, os cinco municípios da Região dos Lagos (Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia) receberam o maior número de visitantes dos últimos cinco anos (835.456, que somados à população local ultrapassa 1,2 milhão de habitantes). A estimativa é feita por um sistema de contagem de veículos, instalado no Centro de Controle de Operações da Prolagos, em São Pedro da Aldeia, que considera diversas variáveis, como quantidade de carros que entra e sai dos cinco municípios atendidos pela concessionária, temperatura, dia da semana, histórico dos anos anteriores e até a economia do país. O sistema antecipa as demandas de consumo e contribuiu para a operação.

    -- Na reunião, vamos analisar os problemas e propor medidas para evitar que o caos ao menos seja amenizado no Carnaval. Também vamos repensar a estratégia de divulgar o destino nos países do Mercosul. Não podemos divulgar os nossos atrativos e o turista encontrar a cidade desorganizada quando chegar aqui. A ideia é investir na melhor temporada, de março a novembro – disse Maria Inês Oliveiros, presidente do Convention Bureau de Cabo Frio.

    No Peró, um dos principais balneários da Região dos Lagos, o nó no trânsito impediu a circulação dos ônibus, caminhões de coleta de lixo e veículos de socorro. Por falta de guardas municipais, carros estacionaram em locais proibidos e os banhistas ficaram retidos nos carros nos longos engarrafamentos. A Prolagos garantiu que o quadro de falta de água no Peró e nos demais bairros da região será normalizado no domingo.

    Presidente do Sindicato dos Hotéis e Restaurantes e da Associação Comercial de Búzios, Thomaz Weber disse que o trânsito deu um nó na cidade nos dois primeiros dias de janeiro. Ele acredita que existam soluções para amenizar o caos e cita como exemplo a criação do Porto da Barra, o novo polo gastronômico de Manguinhos, que está dividindo o movimento com a Rua das Pedras, ponto mais movimentado do balneário.

    -- Búzios tem ótimas praias que são pouco freqüentadas, não foram descobertas. Na passagem de ano, temendo ficarem retidas engarrafamentos, as pessoas ficaram mais em casa ou se deslocaram a pé para ver a queima de fogos em praias próximas. Nos dias seguintes, contudo, todos resolveram usar o carro – disse o empresário.

    O caos também chegou às estradas, onde faltou atuação dos agentes da Arteris, a concessionária da BR-101 Norte e policiamento feito pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Foram longos engarrafamentos, sob sol escaldante, na ida e na volta da Região dos Lagos. Muitos carros enguiçaram por super aquecimento e não tiveram assistência. Em Rio Bonito, formou-se um grande ponto de retenção em Rio Bonito, onde a PRF limita em 40 quilômetros por hora a velocidade em frente ao seu posto. O caos maior foi no entroncamento de Manilha: há anos são prometidas obras para organizar o trânsito no local.

    -- A última grande obra rodoviária no acesso à Região dos Lagos aconteceu há 20 anos, quando a Via Lagos foi inaugurada, em 1998. De lá para cá nada foi feito e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não toma providências, não fiscaliza a concessionária e faz vista grossa para os problemas.

    Economista especializado em transportes, o engenheiro Marcos Poggi disse que o problema viário da Região dos Lagos requer investimentos significativos tanto na expansão da capacidade como na manutenção da infraestrutura viária. Mas observa que o Estado do Rio está tecnicamente quebrado e, portanto, sem recursos em caixa e sem capacidade de endividamento para tanto. 



    -- Se existir ainda algum espaço para atração da iniciativa privada através de novas concessões, ainda poderia se vislumbrar alguma luz no fim do túnel. Mas é preciso um estudo circunstanciado da situação – comentou.

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