Os políticos e ex-servidores públicos de Arraial do Cabo denunciados na Operação "A Toque de Caixa" por lavagem de dinheiro e desvio de recursos dos cofres municipais estão proibidos de assumir qualquer emprego público ou mandato no Estado do Rio de Janeiro, nas esferas municipal, estadual ou federal. A decisão da 3a Vara Especializada em Organização Criminosa da Justiça proíbe ainda que os acusados acessem ou frequentem qualquer secretaria municipal de Arraial do Cabo, a Prefeitura e a Câmara de Vereadores.
O decreto atinge o ex-vice-prefeito de Arraial do Cabo Sérgio Lopes de Oliveira Carvalho; os ex-secretários de Saúde Antonio Carlos de Oliveira, conhecido como Kafuru, e Paulo Roberto Trípoli Fontes; o ex-secretário de Obras Francisco de Assis Teixeira Soares; o ex-diretor financeiro da Saúde Wesley Sampaio dos Santos; e Eduardo Ferreira da Rocha Neto, ex-supervisor da Saúde responsável por fiscalizar a execução dos contratos, entre outros investigados.
Ao todo, 19 pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil do Rio e denunciadas pelo Ministério Público, acusadas de participarem de uma organização criminosa que desviou mais de R$ 6 milhões e meio do município de Arraial do Cabo através de obras não executadas entre os anos de 2018 e 2020, durante a gestão do então prefeito Renatinho Vianna.
Todos também tiveram as contas bancárias e os bens bloqueados pela Justiça.
Apontado como chefe da quadrilha, o pré-candidato a vereador Marcos Antonio Ferreira do Nazareth, conhecido como Marquinhos de Nicomedes, foi preso, nesta semana, durante a operação desencadeada pelo Departamento-Geral de Polícia do Interior (DGPI) em parceria com o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público Estadual. Contra ele, foi expedido pela Justiça mandado de prisão preventiva. Marquinhos de Nicomedes era o responsável pelas duas empresas de fachada usadas no esquema.
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