O movimento de turistas na Região dos Lagos foi 25% menor que nos anos anteriores. A estimativa foi feita pelos Conventions Bureau, comerciantes e hoteleiros, que atribuem a queda ao tempo ruim, ao fato de o Carnaval cair em março e ao crescimento dos blocos no Rio. Com o movimento menor, contudo, os visitantes não tiveram problemas com longos engarrafamentos nas cidades, falta de água e de energia elétrica que foram motivo de muitas reclamações no réveillon.
Comandante do 25º BPM, o coronel Roberto Dantas estima que cerca de 2 milhões de pessoas passaram o Carnaval nos sete municípios da Região dos Lagos que ficam na área do batalhão. Nos quatro dias, foram feitas 28 prisões; oito armas foram apreendidas; quatro pessoas foram mortas, uma delas em confronto com a PM; 59 motos e 38 carros irregulares foram apreendidos; e, 82 aparelhos de som foram recolhidos pela PM. O caso policial mais grave ocorreu às 4h da madrugada de terça-feira na Praia do Forte, em Cabo Frio, onde uma pessoa morreu e quatro ficaram feridas após uma tentativa de assalto.
Nas estradas, os turistas reclamaram do excesso de pardais eletrônicos (controladores de velocidade) e dos buracos nas rodovias estaduais que ligam Niterói à Região dos Lagos. Na BR-101, houve retenções em frente aos postos da Polícia Rodoviária Federal (devido à redução da velocidade), no Trevo de Manilha e na Avenida do Contorno devido a obras inacabadas.
Em Búzios, o presidente do Búzios Convention Bureau, Angel Waizer, calculou uma queda no movimento entre 20 e 30% em relação aos últimos anos nas pousadas e no comércio. Ele acredita que a previsão de tempo ruim no Carnaval, com muitas chuvas, foi o principal motivo para a queda no movimento. Búzios tem a segunda maior rede hoteleira do estado, ficando atrás apenas da capital. Os grandes shows programados para a Praia de Geribá foram cancelados depois de complicações com o Ministério Público e com a justiça.
-- O clima atrapalhou no Sambódromo, atrapalhou em São Paulo e em toda parte. Para um turista fazer 200 quilômetros para pegar uma chuva destas, imagina. Eu não sairia da minha casa. Com esta previsão de chuvas, a queda de movimento de 20¢ poderia ser bem pior. Acabou por termos um Carnaval bem interessante.
Em Cabo Frio, o Convention Bureau, entidade que congrega 170 empresários ligados ao turismo, também registrou queda no movimento de turistas. Os blocos desfilaram na Praia do Forte sem maiores problemas. No Peró, o Bloco Perócão arrastou mais de três mil foliões no domingo sem qualquer incidente. Na praia, que conquistou a Bandeira Azul, os banhistas reclamaram da fiscalização de posturas, que não reprimiu as caixas de som na areia e outras irregularidades:
-- O movimento foi abaixo do registrado no ano passado no comércio e na hotelaria. Apesar disso, o Carnaval foi tranqüilo, mas existem muitas coisas que precisam ser ajustadas – disse a presidente do Convention de Cabo Frio, Maria Inês Oliveiros.
Dono do Supermercado Tucano, Availdes Vianna estima em 25% a queda de movimento em relação ao réveillon, que foi “muito bom”, segundo ele:
-- Vários fatores influenciaram para a queda do movimento. A data foi ruim, muita gente não recebeu pagamento e as chuvas na Região Serrana e no Grande Rio desanimaram as pessoas a pegar a estrada para a Região dos Lagos, onde também havia previsão de chuvas – comentou.
Gerente do Paradiso Peró, Márcio Nascimento disse que a taxa de ocupação não foi tão boa quanto à do réveillon e que muita gente deixou para fazer reservas na última hora. A abertura da "melhor temporada" foi marcada para 16 de março na Praia do Peró.
-- Tivemos um incremento na ocupação na última hora. Os hóspedes, contudo, encontraram um ambiente seguro com blocos populares, calor e praia com boa ocupação – disse Nascimento.
Graças a Deus, que continue cada vez menos, para que possamos ter cada vez menos baderna, na nossa regiao............
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