Participaram da apresentação do relatório os vereadores Letícia Jota, Guilherme Moreira, Rafael Pessanha, Alexandra Codeço e representando a OAB de Cabo Frio o Dr. Thiago .
Na manhã desta quinta feira (07) os vereadores de Cabo Frio, membros da Comissão dos Direitos Humanos, realizaram no auditório da OAB uma apresentação do relatório sobre o Hospital da Mulher motivado pelas mortes e relatos de omissão de socorro. A comissão, presidida pelo Vereador Rafael Pessanha, teve um reforço que veio da ALERJ, onde uma CPI foi criada pela Deputada Renata Souza, recebeu a assinatura do Deputado Mauro Bernardo que pediu para participar da comissão.
Durante a leitura do relatório foram apresentados vários casos onde gestantes se sentiram prejudicadas pela falta de atendimento e humanização ao tratamento.
"No caso em que serviram o café e o feto morto em uma mesma bandeja, a prefeitura disse que foi armado, mas a gestante garante que foi daquele jeito que aconteceu. É inadmissível que uma mãe, que acabou de perder o filho seja criminalizada por isso. Isso é uma desumanização. Mas esta é a prática deste governo de Cabo Frio, atribuir a culpa para quem é vítima. Cabe a eles a assumir e consertar os erros, oferecendo um serviço melhor a população." Declarou Rafael Pessanha, presidente da Comissão.
Os vereadores lembraram também da perseguição sofrida por um homem após denunciar a morte do filho. "Está faltando gestão." Declara Leticia Jota.
Outro integrante da mesa, o vereador Guilherme Moreira, falou sobre a urgência que a população tem da intervenção do Ministério Público no Hospital da Mulher. "Uma CPI terá um prazo de 90 dias para apurar a situação, a outra CPI tem até 180 dias para apurar. Enquanto isso a população vai ficar morrendo ? Temos a necessidade urgente que o MP intervenha em um prazo de urgência para evitar novas mortes. Vamos levar todas as informações que levantamos aqui nesta reunião com os representantes da comunidade e apresentar em um prazo de 24 horas para o MP. Tem que ser de comum acordo e todos os 17 vereadores estão juntos nisso pois estamos tratando de vidas de crianças e não podemos deixar de correr com isso." Disse .
A vereadora Alexandra Codeço também participou e chegou a declarar : " Não posso deixar de aflorar o meu lado mulher e mãe numa situação como esta. É revoltante a forma como as gestantes são tratadas, incomunicáveis, isoladas, mal tratadas e ainda criminalizadas. Estivemos com o Secretário de Saúde e nada do que nos foi prometido de melhora no Hospital foi realizado então agora iremos mais fundo nisso." Finalizou.
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