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    III Seminário de Educação Especial de Iguaba Grande tratou sobre o Transtorno do Espectro Autista.

    Nesta última quinta-feira, dia 28 de abril, o auditório da Secretaria Municipal de Educação e Cultura sediou o III Seminário de Educação Especial de Iguaba Grande que tratou sobre o tema “Autismo: Construa um Laço de Amor”. O encontro foi promovido pelo NAE, Núcleo de Atendimento ao Educando, e teve como objetivo trazer atualização, reflexão, práticas e mais atenção acerca dos desafios na inclusão dos alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

    “Escolhemos esse tema para ser tratado dentro do III Seminário justamente por estarmos no mês de conscientização do autismo. Uma informação importante e valiosa para dar a vocês é que a cor escolhida para representar o autismo, é o azul, justamente pelo fato do transtorno ser mais comum em meninos do que em meninas. Estudos comprovam que a cada 4 meninos, 1 menina detêm o transtorno. A cada 110 pessoas, uma é autista. Existem mais de 70 milhões de casos no mundo e dois milhões no Brasil. Portanto, através desses dados, vejo como imprescindível a formação do professor que estará dentro das salas de aulas como pedra fundamental no desenvolvimento desses alunos. E por isso estamos aqui hoje.” Ressaltou Simone de Oliveira, Coordenadora do Núcleo de Atendimento ao Educando, NAE.

    Conhecido cientificamente como, Transtorno do Espectro Autista, as causas do autismo são desconhecidas, mas as pesquisas na área estão cada vez mais intensas. Sabe-se que a genética e agentes externos desempenham um papel chave nas causas do transtorno. O Seminário, que reuniu cerca de 150 profissionais da Educação, trouxe vídeos explicativos, apresentação cultural organizada pela Diretoria de Cultura, com a contação de história da Boneca Falante, que ilustrou sobre o tema, e por fim, a fase mais esperada do dia, que foi a palestra realizada pela Mestre em Educação, Rita Thompson.

    “O TEA trata-se de um transtorno neurobiológico que acarreta uma série de dificuldades de adaptação comportamental, na área da comunicação, da linguagem e da relação, dessa troca social. Por lei, todos têm direito ao ensino regular, e os professores estão recebendo essas crianças, mas muitas das vezes não estão preparados da forma adequada para atendê-los. E essas palestras trazem explicação sobre o que é o transtorno e que tipos de abordagens podem estar sendo realizadas para as inserções dessas crianças na sala de aula. São crianças heterogêneas, que podem ter diferentes habilidades cognitivas. E essa inserção depende de uma série de estratégias, portanto a proposta é justamente essa, falar do transtorno como um todo, uma troca de experiências, porque não há uma receita, a gente pode dar dicas dessa inserção, mas cada criança é de um jeito.” Ressaltou Rita Thompson – Mestre em Educação, Psicopedagoga e Especialista em Psicomotricidade pela ISRP (Institut Supérieur D'électronique de Paris).

    “O meu desejo é que juntos possamos conseguir nos iluminar, nos esclarecer e vencer as dificuldades nos informando e nos formando. O que está acontecendo aqui é uma verdadeira festa pedagógica. Um trabalho bem dinâmico e que iremos tirar o melhor para a prática da sala de aula.” Afirmou Dilcéia Siqueira, Diretora do Departamento de Gestão Educacional de Iguaba Grande.

    “Tenho um aluno especial em minha turminha, e nós percebemos que é um trabalho diferenciado que deve ser feito voltado a essas crianças. Essas palestras enriquecem e muito o nosso trabalho, o nosso dia a dia, essa troca de experiências é muito importante.” Concluiu Angélica Teixeira, Professora do 2º ano da E.M Dep. Cláudio Moacyr de Azevedo.

    “Toda criança, na verdade, toda pessoa, é diferente e única. A inclusão, hoje em dia, se tornou uma lei, uma meta do Plano Educacional Nacional, Estadual e Municipal. Graças a Deus estamos, mesmo em meio às crises, com a qualidade de ensino acima da média determinada pelo MEC, entre os melhores do Estado. Com escolas funcionando adequadamente, professores, merendas, tudo certo. Em breve estaremos inaugurando o Núcleo de Tecnologia Municipal, que será um centro de informação continuada sistematizado, onde os professores terão a oportunidade de realizar diversos cursos de formações, sendo relacionados a temas diversos como inclusão, cultura afro, inglês, religião, educação infantil, e outros. Uma formação continuada, pois esses cursos acontecerão durante todo o ano, independentemente de fóruns, seminários e eventos específicos da Secretaria de Educação.” Declarou a Secretaria Municipal de Educação e Cultura, Sheila Atalla.

    O encontro contou com o apoio da APPAI, Associação Beneficente dos Professores Públicos Ativos e Inativos do Estado do Rio de Janeiro, que atua com intenções de atender ao público, com as necessidades sociais. Um dos Projetos da APPAI, ligado à Ação Social, é a Educação Continuada, que faz essa ponte entre palestrante de temas importantes como o TEA, com escolas, secretarias e instituições de ensino.

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