O surgimento de peixes mortos no litoral de Cabo Frio, na Praia do Peró,
logo foi apontado como consequência do desastre de Mariana, conforme matéria do
jornal Extra. O biólogo Eduardo Pimenta, no entanto, não crê na tese dos
ambientalistas e credita a alta mortandade ao descarte de peixes sem valor
comercial no mar do bairro.
Os moradores têm reclamado da quantidade de peruás mortos na praia, que
fica entre o Parque Estadual da Costa do Sol (PECS) e da Área de Proteção
Ambiental (APA) do Pau-Brasil.
– Na ocasião, o desastre foi muito longe. Tudo bem que há uma imensidão
de barreiras oceanográficas, que poderiam levar metais para a praia. Mas a
chegada desses metais seria muito sutil e não provocaria essa mortandade. A
chance dessa tese é muito pequena. O mais natural é que peixes sem valor
comercial sejam descartados pelos pescadores aqui mesmo.
De acordo com o biólogo, a falta de fiscalização é a maior razão
pela mortandade.
– O pescador tem que ter habilitação primeiramente. Eles normalmente
descartam o subproduto. Além disso, é preciso de fiscalização para evitar esse
tipo de ação. É necessário fiscalizar o tipo de rede que é usada, a malha, por
que os peixes menores normalmente são capturados Eduem determinados tipos
de rede. Como não têm alto valor comercial, são descartados. A mortandade de
peixes é falta de fiscalização – afirmou.
Fonte Folha dos Lagos.
Fonte Folha dos Lagos.
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