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    Cosméticos podem causar alergia e irritação na pele, alerta especialista

    Cremes hidratantes, maquiagens, desodorantes, óleos de banho, depiladores, perfumes, tinturas para cabelo, alisantes, esmaltes e até mesmo sabonetes, entre outros itens, são cosméticos muito utilizados pela população que podem provocar alergia. As reações mais frequentes são caracterizadas por coceira, queimação e vermelhidão no local em que o produto for aplicado. “Acontece de maneira mais frequente do que se imagina”, alerta o alergista Diener Frozi.
    Nesta entrevista, o médico especialista, que é responsável pelo projeto “Viva Sem Alergia”, em Duque de Caxias, cidade da Baixada Fluminense, dá orientações para reduzir o risco de reações alérgicas e tira dúvidas habituais sobre o tema.
     
    Qual é o tipo mais comum de alergia em decorrência do uso de cosméticos? 
    Em geral, as reações são cutâneas, visíveis na pele, chamadas de dermatites de contato. No início, aparecem áreas avermelhadas, com coceira, que podem ser acompanhadas de inchaço, descamação e até criação de bolhas. A área do rosto, com destaque especial para as pálpebras, é a mais sensível.
    Como é feito o diagnóstico?
    Ao sentir a irritação, o paciente deve procurar um médico para o diagnóstico preciso, que leva em conta exame das lesões. Além disso, a história clínica do paciente é considerada pelo médico, que vai investigar como a irritação começou. O teste de contato complementa a busca do agente alérgeno, com uma bateria padrão de substâncias que são sensibilizantes frequentes e também com os produtos suspeitos.
    Quem usa sempre os mesmos produtos pode ter alergia? 
    Não é raro isso acontecer, pois a dermatite de contato não acontece necessariamente no primeiro uso do produto, mas com o passar do tempo e a repetição. Além disso, depende do estado do sistema imunológico da paciente. O fato é que uma vez sensibilizada, a tendência alérgica permanece, com a substância reaparecendo toda vez que um produto com o componente for utilizado.
    Qual a prevenção e tratamento mais apropriado?
    Após identificar a substância responsável pela reação, o tratamento será avaliado pelo médico de acordo com o local e o tipo de lesão e podem ser administradas loções para uso tópico, bem como comprimidos e até medicação injetável. Além de orientar sobre o tratamento, o especialista em alergia irá recomendar a prevenção para futuros episódios, que passa pelo afastamento de qualquer produto que possua o componente.
    Outros cuidados gerais podem ser indicados até mesmo a quem nunca manifestou nenhuma reação, como observar a validade dos produtos, as condições de armazenamento e higienização de aplicadores.
    Por que não é recomendado o uso de cosméticos com a validade vencida? 
    Toda embalagem de cosmético deve contar com a indicação de data de validade do produto. O problema é que, muitas vezes, a pessoa joga a embalagem fora e esquece a data. Para evitar isso, é recomendado usar canetas e marcadores específicos para escrever no próprio recipiente um aviso de quando foi aberto. Dessa forma, quem usa vai ter maior controle sobre quanto durante quanto tempo ele mantém as principais características preservadas após aberto.
    As condições de armazenamento também podem representar riscos? 
    Sim, a maneira como os cosméticos são guardados também pode influenciar em alguma possível alteração e até deterioração completa. Em geral, é indicado que fiquem afastados do calor, luz e umidade, que aceleram as mudanças químicas nos produtos. Aí está o risco de acondicionar cremes diretamente dentro do box. Se optar por guardar no banheiro, a preferência é por uma caixa dentro do armário.
    Qual a importância da limpeza de aplicadores de maquiagens?
    Pincéis e esponjas usadas para aplicação de maquiagem geralmente acumulam resíduo. A higienização deve ser feita com frequência, de acordo com a orientação do fabricante. Após lavados, os materiais devem ser guardados bem secos em recipientes que bloqueiem o acúmulo de pó.
    Os produtos hipoalergênicos valem a pena?
    O termo designa produtos com composição química com menor potencial de riscos para a população alérgica, mas é preciso ter cuidado, pois há outras substâncias presentes que podem ser prejudiciais, de acordo com cada pessoa.  No caso de maquiagens, é possível recorrer aos identificados como “minerais”, que têm fórmula mais leve.
     
    Sobre o Viva Sem Alergia
    O projeto social Viva Sem Alergia atende pacientes da Baixada Fluminense, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, com objetivo de tratamento, controle e prevenção de alergias e doenças imunológicas. Na unidade de saúde localizada em Duque de Caxias, os pacientes realizam exames gratuitamente, como o teste cutâneo para detectar os alérgenos aos quais são mais suscetíveis. Em caso de diagnóstico confirmado de asma, o tratamento é iniciado com kits alérgicos com broncodilatadores em forma de sprays inalatórios, as conhecidas “bombinhas”, distribuídas sem custo. A oferta é possível graças a parcerias com instituições como a Cruz Vermelha de São Gonçalo. 
     
    Serviço
    Viva Sem Alergia
    Rua Conde de Porto Alegre, nº 119, Edifício Uba - 8º andar
    Jardim Vinte e Cinco de Agosto - Duque de Caxias (RJ)
    Funcionamento: segunda a sexta, das 8h30 às 17h; sábados, das 8h às 12h.
    Agendamento de consultas: 21-3848-5389  

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