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    Bombeiro é preso por entregar donativos a família carente em viatura

    O tenente Carlito Lessa da Silva do Corpo de Bombeiros de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, foi preso na manhã desta terça-feira (2), suspeito de ter usado indevidamente a viatura para entregar donativos a uma família carente. A decisão foi tomada por uma sindicância, que foi aberta pela corporação há quase um ano e foi finalizada nesta terça. A pena será cumprida durante sete dias no batalhão do Centro da cidade.
    A sindicância constatou que a família teria sido atendida por uma equipe de resgate no bairro Tangará, quando o médico foi acionado para atender uma mulher que estava dando à luz uma criança. A menina nasceu em 8 de junho de 2014, pouco antes da equipe chegar, mas foi Carlito que cortou o cordão umbilical da menina Vitória, segundo os bombeiros.
    Segundo a advogada de defesa, Erineth Gonçalves de Souza, Carlito se comoveu com a situação de pobreza da família e, junto com colegas, realizou uma campanha para arrecadar donativos no intuito de ajudar a criança, que não tinha sequer uma bolsa de roupas para ser levada ao hospital. Mas o ato não foi aprovado pelo comando do Corpo de Bombeiros. Uma sindicância foi aberta e apontou que Carlito usou a viatura sem autorização. 
    Em nota, o Corpo de Bombeiros explicou que a sindicância aberta pela corporação constatou que o militar, além de usar a viatura sem autorização, teria lançado informações de um falso chamado para legitimar o uso do veículo, o que acarretou o gasto de dinheiro público fora das normas vigentes.
    A advogada do médico militar reprovou a condenação. Disse que a sindicância apresentou irregularidades, tinha páginas faltando e que uma testemunha chegou a prestar esclarecimentos sem ter sido convocada. 
    "O Corpo de Bombeiros deduziu que ele teria lançado um falso aviso. Houve um pedido de socorro na data que eles alegam que não houve (21 de junho de 2014), a equipe foi até o local, confirmou que tinha sido uma queda e que a vítima, no entanto, já tinha sido socorrida. Inclusive, a família disse que os donativos foram entregues em um carro preto, particular. A sindicância apresenta muitos vícios, falta de páginas, chegou a ser cancelada pelo corregedor interno, mas a punição foi mantida", comentou Erineth.
    A advogada disse ainda que o tenente entrou na corporação em 2008 e que nunca sofreu nenhum tipo de punição ou anotação sobre sua conduta. Ela disse que recorreu duas vezes da decisão, mas não obteve êxito. 
    Fonte: g1. com

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