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    Cabo Frio se despede do verão e celebra a chegada do outono com música e gastronomia.



    Um dos mais aprazíveis recantos da cidade, o Largo de São Benedito, no coração do histórico Bairro Passagem, point gastronômico e cultural da cidade, será palco da segunda edição do “Águas de Março” que, este ano, vai homenagear os 60 anos da Bossa Nova. As cantoras Vânia Meirelles e Sara Dhy e os músicos Ivan Morini (piano), Tadeu Uchôa (baixo), Rauel Mendes (bateria) e Maurício Athayde (violão), da Banda Three Jazz, sobem ao palco no dia 23 de março, próxima sexta-feira, às 20 horas, com um repertório repleto de clássicos.

    A Secretaria de Turismo e a Coordenadoria Geral de Eventos, com os comerciantes do point gastronômico, responsáveis pela realização do projeto, estão pensando nos mínimos detalhes para que toda a logística e infraestutura estejam adequadas ao bucólico bairro e o público possa apreciar o belíssimo show que já conquistou a aprovação de cabo-frienses e turistas.

    Os músicos, em seus ensaios, com acompanhamento de Beto Costa, diretor cultural do evento através da Secretaria de Turismo, têm se esforçado para chegar a um repertório que conquistará a plateia.

    Ivan Morini revela que o grupo selecionou e ensaiou 46 músicas que fizeram a história da Bossa Nova para chegar ao repertório do show que deve reunir 26 composições. Entre elas, “Samba de Verão”, “Eu e a Brisa”, “Só tinha de ser com você”, Minha Saudade”, “O Barquinho”, “Estrada do Sol”, dentre outras. “A Bossa Nova é imortal como Chopin, Beethoven, Bach e Antônio Carlos Jobim, garante o músico cabo-friense que vê o gênero e a música brasileira como os principais produtos de exportação da cultura brasileira. Ivan lembra que Jobim é o segundo compositor mais tocado no mundo, só perde para o Beatle John Lennon, o que comprova não só a importância da nossa música como também do maestro brasileiro”.

    Morador da Passagem, Ivan Morini diz que o bairro, com seu casario colonial e ruas estreitas, é o cenário perfeito para celebrar o aniversário da Bossa Nova, assim como Cabo Frio, cujo azul do mar e a exuberância da natureza inspiraram clássicos como “O Barquinho”, de Menescal e Bôscoli.

    A cantora Sara Dhy é só felicidade e se diz amante da Bossa Nova. A artista já levou ao palco três shows-tributos a Tom Jobim e diz que o show com a Banda Three Jazz é especial por celebrar não apenas o aniversário da Bossa Nova mas por acontecer num lugar mágico como a Passagem. “Eu estou muito feliz porque a Passagem é um lugar mágico, tem muito charme e história. Tudo promete e acho que vai ser bem bacana”, comentou.

    O baixista Tadeu Uchôa vê a Bossa Nova como a música clássica do Brasil e, de acordo com ele, nada melhor do que a Passagem, o bairro mais clássico da cidade, para celebrar o aniversário de um gênero musical que agrada a toda família.

    “Cabo Frio inspirou a Bossa Nova. Sem Cabo Frio, a Bossa Nova não seria a mesma”. A frase é do músico e compositor Roberto Menescal, um dos criadores do movimento que revolucionou a MPB no Brasil nos anos 60. Ele revelou que Cabo Frio não inspirou apenas “O Barquinho”, um dos maiores sucessos da época, mas, pelo menos, 15 composições assinadas por ele e Ronaldo Bôscoli, que frequentaram a cidade por mais de uma década. “Muita coisa nasceu aqui em Cabo Frio, diz Menescal, lembrando as letras de “Nós e o Mar”, composta no entardecer da praia do Forte; “Nós a 120”, criada na estrada a caminho da cidade e “Morte de Um Deus de Sal”, em homenagem a um pescador da cidade.

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