População assistiu a tudo no telão. O vídeo também foi transmitido pela Internet.
No vídeo mostra parte da conversa do servidor com o empresário. No total, são 15 minutos de gravação, onde o empresário é coagido a pagar a extorsão.
Em tempos de telefones grampeados, delações premiadas, os moradores da cidade de Búzios viveram algo parecido na Câmara municipal, na sessão de terça feira (27). Foi apresentado uma denúncia de extorsão praticado por um servidor municipal, considerado de cargo de confiança . Na tribuna, durante a sessão, a vereadora Gladys Costa apresentou um vídeo, com uma gravação telefônica, onde, segundo os vereadores, o chefe da fiscalização de Posturas conversa com um empresário combinando o recebimento de R$ 4 mil reais para autorizar o funcionamento de um trailer.
Na conversa, que parece ter acontecido no período de verão, ao receber a negativa do pagamento, por causa das dificuldades financeira em que se encontrava o empresário, o servidor anuncia que o mesmo teria que retirar os trailers. A gravação totaliza 15 minutos onde o empresário aparece sendo coagido a pagar o valor cobrado pelo servidor.
Os moradores presentes na câmara assistiam a tudo, revoltados, atentos a cada palavra. Enquanto a perplexidade ocupava o ambiente, o silêncio foi quebrado por uma moradora que gritou : "Ele tem que ser preso". Mas ao contrário do sentimento da população estavam os vereadores da base do governo, pois todos assistiram a tudo e mesmo assim, em suas falas, nenhum tocou no assunto.
Um dos vereadores cobrou uma atitude do governo municipal. "Isso é uma vergonha. Conheço o empresário, é um chefe de família trabalhador que foi extorquido por um servidor. Mostra como está a administração municipal, um mar de lama. Mais uma prova para que a população veja o que está acontecendo." Declarou o presidente da câmara, João Carlos.
A denúncia foi apresentada no MP e também registrada na delegacia. Como a sessão acabou tarde, pois nas terça feiras acontece a partir das 18 horas, não conseguimos um contato com a Comunicação da prefeitura. Aguardamos um pronunciamento sobre este caso.
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