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    Novo incêndio em cela do DEGASE. Unidades sofrem sem estrutura.





    Durante a noite desta segunda feira (09/08), um novo incêndio atingiu uma das celas da Escola João Luiz Alves, unidade de internação para menores infratores na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro.
    Desta vez, o fogo atingiu a cela número 7 da ala C da unidade. No vídeo, é possível ver os Agentes de Segurança do DEGASE orientando os internos a não continuarem jogando água para tentar apagar o fogo, que segundo os próprios internos, foi provocado por um curto circuito acidental na fiação elétrica do local. Os Agentes relatam que proliferam fios desencapados no interior de todas as celas, que sem manutenção adequada, são puxados pelos menores para ligar televisores, ventiladores e para esquentar pães.
    Desta vez, o princípio de incêndio não tomou proporções maiores e o fogo foi rapidamente controlado. Não houveram feridos, apenas alguns objetos foram danificados dentro da cela.
    Já é o segundo episódio de incêndio na unidade em menos de uma semana: No dia 05 deste mês, um grupo de nove internos incendiou propositadamente a própria cela. Os nove internos sofreram queimaduras. Um deles morreu na manhã do dia 06. Os demais continuam internados nos hospitais Souza Aguiar, Pedro II e Andaraí, alguns em estado grave.
    O problema  trouxe à tona uma situação perigosa e desesperadora vivida pelos Agentes de Segurança do DEGASE: Muitas unidades estão com extintores de incêndio com a validade vencida, outros sequer existem (só há o suporte para eles). Em determinadas unidades, como o Cense Dom Bosco (antigo Instituto Padre Severino), unidade de internação provisória também na Ilha do Governador, existem três prédios: A galeria antiga - que até hoje não foi desativada embora tivesse sido anunciado o desativamento - além de dois prédios mais novos, inaugurados no ano de 2012. Na antiga galeria, não há um único extintor de incêndio. A caixa onde deveria haver uma mangueira de incêndio se encontra vazia há muito tempo, afirmam os Agentes que trabalham na unidade. No lugar da mangueira, há um buraco vazio. Já em um dos dois prédios novos - chamado pelo DEGASE de unidade protetora - sequer há algum suporte para mangueira de incêndio.
    Os Agentes afirmam que no caso da ocorrência de incêndio no interior desses locais, a única coisa que poderão fazer é ligar para os Bombeiros e assistir os óbitos de menores infratores - a unidade acautela quase 300 deles - no interior das celas.
    Essa semana, a Direção Geral do Órgão, que é quem deveria providenciar a existência e substituição adequada dos equipamentos de incêndio e de segurança da unidade, decidiu punir com trinta dias de suspensão preventiva o Agente que registrou as filmagens do incêndio que ocasionou a morte do interno Ryan Pereira Bento no dia 06/08 no hospital Souza Aguiar, no Centro da cidade. Ryan morreu em decorrência de queimaduras provocadas pelo incêndio. Segundo o Órgão, o Agente teve conduta  comissiva e omissiva ao registrar o fato. 
    Os Agentes de Segurança do DEGASE não recebem um curso de combate a incêndios desde 2009. Nenhum servidor que ingressou no Órgão através do último concurso público e do processo de contratação temporária para o Órgão, realizados em 2011 e 2015, respectivamente, possuem conhecimento de como agir e operar os equipamentos nesses casos.

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