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    Assassinato de médica pode ter motivação fútil, considera delegado

    assassinato da médica Maria Júlia Matteotti Cavalcanti Martins de Oliveira, de 66 anos, que teve o corpo encontrado com sinais de tortura em Búzios, Região dos Lagos do Rio, neste sábado (27), pode ter sido cometido por motivo fútil, como cogita o delegado Rômulo Prado, da 127ª Delegacia de Polícia. A principal de linha de investigação da Polícia Civil é a de homicídio doloso. Ela morava no Rio e foi encontrada na casa de veraneio no balneário com pés e mãos amarrados. Parentes da vítima chegaram ao Instituto Médico Legal (IML) nesta segunda-feira para fazer o reconhecimento do corpo. Ainda não há informações sobre o enterro.
    "Por enquanto eu trabalho com um crime tipicamente de homicídio doloso, possivelmente por motivo torpe ou fútil", declarou o delegado na manhã desta segunda-feira (29). Segundo ele, a perícia indica que o crime aconteceu na quinta-feira (25).
    O delegado descartou a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), já que nenhum pertence foi levado da casa que fica dentro de um condomínio de luxo. Na manhã desta segunda-feira (29), Rômulo Prado informou ainda que descarta qualquer ligação com crime sexual.
    "Tinha material de valor. Se alguém quisesse praticar algum roubo, poderia ter levado. Embora a casa estivesse revirada, a bolsa com dinheiro, telefone [...], nada foi levado. Até explicaria o que aconteceu. Então, consequentemente, por mais essa razão, descarto também em termos de linha investigativa, o latrocínio e por outros motivos também a questão sexual", explicou.
    O ex-marido e o filho de Maria Júlia já foram ouvidos e as imagens das câmeras de segurança do condomínio Jardim do Lago, que fica no bairro Baía Formosa, foram recolhidas e serão analisadas.
    Cena do crime
    O delegado descreveu a cena onde o corpo foi encontrado. Segundo ele, tudo indica que houve luta corporal e a médica tentou se defender.

    "Aparentemente ela foi morta no segundo andar, no quarto onde estava. O local está em desalinho. O colchão afastado, algumas roupas pelo chão. A marca de arrasto em degraus do segundo pavimento para o térreo, depois uma breve interrupção, uma poça mais embaixo, o que dá a entender que quem a matou no segundo pavimento por algum motivo quis tirar o corpo do local - talvez o corpo tenha ficado pesado ou incômodo demais -, o segurou posteriormente, o jogou ou caiu e, em seguida, por algum motivo, levou o corpo para um hall de entrada, um corredorzinho que se tem acesso logo após a porta principal", descreveu o delegado.
    "Ela deve, pelos ferimentos, ter sido desacordada ou ficado próximo a isso depois de ter recebido um golpe, possivelmente um soco. Isso pode ter provocado um desmaio, o que possibilitou o amarrar da vítima da forma como foi encontrada. Por enquanto, o que se tem é isso", finalizou.
    O delegado disse ainda que a mata próxima ao condomínio será explorada em busca de possíveis marcas de fuga do autor do crime. Além disso, filmagens de câmeras de segurança do entorno do local serão pedidas.
    Sindicato pede transferência da investigação
    O Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro vai pedir que a investigação da morte da médica Maria Júlia, seja transferida da delegacia de Armação dos Búzios, onde o crime aconteceu, para a Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, na capital. O SinMed/RJ informou sobre a medida em nota, alegando que a 127ª DP "não tem estrutura especializada para esse tipo de investigação".

    O SinMed/RJ informou também que vai solicitar uma audiência com o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.
    "Vamos levar a nossa manifestação de indignação em relação ao que ocorreu com essa médica, que era minha colega de turma. Essa investigação tem que ocorrer de maneira objetiva e rápida, para chegarmos aos autores deste crime", declarou o presidente do sindicato, Jorge Darze.
    Fonte : G1.com

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