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    Esporte Olímpico Promove inclusão social em Cabo Frio.

    A partir do próximo dia 5 os olhos de todo o mundo estarão voltados para o Rio de Janeiro por conta de mais uma edição dos Jogos Olímpicos. Ao todo, serão 16 dias de evento com 42 modalidades olímpica e mais de 10 mil atletas disputando 306 provas, sendo 136 femininas, 161 masculinas e nove mistas. Uma dessas modalidades é o Taekwon-Do, arte marcial de origem coreana que passou a fazer parte dos Jogos Olímpicos em Sydney, no ano 2000. Embora o Brasil não esteja no rancking dos maiores medalhistas olímpicos desta arte, é em Cabo Frio, na Região dos Lagos, que está a medalhista de ouro em superação: a pequena Sarah Soares de Souza, de apenas 7 anos, deficiente visual desde os 2 anos de vida, vítima de uma doença pouco conhecida, a Neuromielite Óptica, também chamada de síndrome de Devic, uma doença inflamatória autoimune onde o próprio sistema imunológico ataca os nervos ópticos e a medula espinhal.
    Moradora do bairro Botafogo, em São Pedro da Aldeia, há quase três meses a pequena atleta passou a frequentar os tatames sob orientação do Sabon Edson Marlon, e há cerca de um mês passou a também interagir com os alunos do Sabumnin Adan e do mestre Raul Sanchez, do Team Fight Club, em Cabo Frio.
    - A Sarah descobriu o Taekwon-Do por causa do irmão dela, que pratica com a gente. E percebi que durante algum tempo ele passou a frequentar as aulas com certa tristeza. Conversando com ele, descobri que a tristeza era porque a irmã também queria praticar luta, mas não era aceita em nenhuma academia por ser deficiente visual. Nunca ouvi falar em nenhum lutador de Taekwon-Do que tenha deficiência visual, por isso me assustei um pouco com a ideia, mas mandei que trouxesse a Sarah e desde então ela está treinando com todos os outros alunos, e virou a queridinha do grupo – comentou Sabon Edson.
    Para o Sabumnin Adan Sanchez, receber a pequena Sarah para treinar com os alunos do Team Fight Club “é um grande aprendizado”.
    - Quando Sabon Edson me falou da Sarah confesso que fiquei assustado porque, assim como ele, também nunca ouvi falar que existam lutadores de Taekwon-Do que sejam cegos. O aprendizado acontece na atenção aos gestos, na harmonia dos movimentos, digamos assim. Então, como mostrar isso a alguém que não enxerga? Pra mim foi um enorme desafio. Um aprendizado que vou levar para sempre. Tive que aprender junto com ela, entendendo a forma dela perceber as coisas. Me emocionei com a força de vontade dela – contou Sabumnin Adan, lembrando que “embora o Taekwon-Do praticado na academia seja uma arte marcial, uma filosofia de vida, e não o esporte olímpico propriamente dito, ele acaba despertando muitas coisas positivas nos jovens”.
    Conhecida por ser uma arte completa, que trabalha a beleza dos movimentos, a forma física, a defesa pessoal e o combate, o Taekwon-Do foi criado em abril de 1955 pelo general Choi Hong Hi. Sua primeira grande exibição para o público mundial foi a Olimpíada de Seul (1988) como esporte olímpico de exibição, passando a ser competitivo apenas 12 anos depois, nos Jogos de Sydney. No Brasil o esporte chegou em 1970, mas só na década de 80 passou a ser difundido, de fato, através do mestre Raul Sanchez, como uma filosofia que consiste na valorização da perseverança, integridade, auto-controle, cortesia, respeito e lealdade.

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