Mães livres da culpa
Em 1914, em estudos sobre o Narcisismo, Freud afirmou: “Sua Majestade, o Bebê”. Apesar da representatividade do Psicanalista, a tendência é que a frase caia cada vez mais em desuso.
A culpa pós-maternidade, fenômeno vinculado à imensa expectativa da mulher no papel de mãe, está sendo desmistificada, a fim de configurar um caminho menos difícil às mães.
Aurélio Melo, psicólogo e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, comenta:
"A maternidade vem se tornando mais uma possibilidade do que uma obrigatoriedade para mulher contemporânea. Isso se deve, em parte, aos muitos papéis que ela vem assumindo na vida social, sobretudo o profissional.
Desta forma, sabe-se que a maternidade tem se tornado uma tarefa entre muitas e, sendo assim, há uma tendência em se desmistificar a figura da mãe como alguém infalível, com dedicação exclusiva aos filhos. O mito do amor materno também vem sendo revisto, mas ainda há muito para se desconstruir.
Acredita-se, ainda, que o afeto materno é algo incondicional e natural. Na verdade, a relação mãe-bebê é construída ao longo da convivência entre ambos. E são diferentes sentimentos os quais mãe e filho podem experimentar, tornando-se improvável imaginar um modelo de mãe exercido por todas as mulheres”, completa.
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