Poucas vezes na história da política local um processo judicial produziu tantas notícias quanto o encarado pelo ex-prefeito de Cabo Frio e atualmente deputado federal Marquinho Mendes (PMDB). O fato novo da vez é a pressão de seu suplente e companheiro de partido, Adrian Mussi, de Macaé, que, segundo informações que vêm da Câmara Federal, torce pela impugnação de Marquinho para assumir sua cadeira na Casa. O advogado do ex-prefeito, Carlos Magno de Carvalho, no entanto, dá um chega para lá no pretendente do mandato de Marquinho.
– O problema é entre o Ministério Público e Marquinho Mendes. Este processo nada tem a ver com esse deputado, ou qualquer outro. Ele chegou no jogo na prorrogação, e o lugar dele é na arquibancada – disparou Carlos Magno de Carvalho.
O processo é referente a contas de Marquinho quando ele era prefeito de Cabo Frio (governou entre 2005 e 2012) que foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas. O pedido de cassação dos direitos políticos de Marquinho foi feito pelo Ministério Público Estadual (MPE). A defesa apresentou o argumento de que a com petência para apreciar as contas era da Câmara de Vereadores, não do Tribunal de Contas, que foi aceito por unanimidade: 6 votos a 0. Mas o MPE recorreu e o caso foi parar no Tribunal Superior Eleitoral (TRE), onde a ministra Luciana Lóssio acatou o parecer do MP e decidiu, monocraticamente, cassar Marquinho. A defesa apresentou recurso e a decisão foi, então, revertida. O caso está esperando julgamento do colegiado até hoje. Marquinho diz que não se incomoda com mais uma reviravolta no processo.
– Para quem recebeu mais de 500 processos do atual prefeito de Cabo Frio, mais um ou menos um...
Fonte : Folha dos Lagos
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