O Instituto Médico Legal (IML) de Cabo Frio, Região dos Lagos do Rio, vai enviar para análise no Rio de Janeiro o material colhido do corpo do menino Yan Moura Oliveira, de 2 anos, que morreu na madrugada desta segunda-feira (7). O objetivo é definir a causa da morte da criança que foi levada duas vezes para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Pedro da Aldeia, liberada, e morreu nos braços do pai. A família suspeita de negligência médica, mas o estado diz que o atendimento seguiu os critérios de classificação de risco.
Segundo o IML, não há previsão para a liberação do resultado dos exames de sangue, histopatológico e toxicológico. Já a família, diz recebeu a previsão de 30 a 40 dias.
A causa da morte não consta na certidão de óbito e a tia da criança, a empresária Débora Lima, lamenta a demora para que o caso seja esclarecido. "Ficar sem respostas é muito pior. Queremos saber se foi negligência do hospital ou não. Mas nos disseram que teremos que esperar entre 30 e 40 dias", afirmou.
Entenda o caso
Há cerca de duas semanas, Yuri Moura foi levado para a UPA de São Pedro da Aldeia pelo pai, Douglas Oliveira, com febre alta e com o corpo empolado. A suspeita da família era de zika vírus, mas segundo o pai do menino, a pediatra de plantão descartou a hipótese. Ela somente teria diagnosticado o caso como virose e receitado um remédio para liberar a criança.
Ainda segundo o pai, o menino piorou e, no último domingo (6), precisou ser levado novamente à UPA. A criança estava com febre de quase 40º e sentindo dor no corpo. A pediatra teria pedido um exame de sangue e, de acordo com Douglas, depois de ver o resultado, ela disse que estava tudo normal e que o paciente poderia voltar para casa.
Durante a madrugada desta segunda-feira, o estado do menino se agravou e o pai voltou à UPA, mas segundo ele, o atendimento demorou e o filho morreu em seus braços.
Coordenação da UPA emite resposta
Nesta terça-feira, a coordenação da UPA de São Pedro da Aldeia emitiu nota sobre a morte de Yan Moura de Oliveira. A nota confirma que a criança esteve na unidade nas duas ocasiões antes da morte, foi atendida e liberada em seguida.
Fonte : G1.com
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