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    Contas de luz de clientes da Ampla vão subir, em média, 42,19%

    As contas de luz dos cerca de 2,8 milhões de clientes da Ampla, distribuidora que atua em 66 cidades do Rio de Janeiro, vão subir 42,19% em média a partir de 15 de março. A autorização para o aumento foi concedida nesta terça-feira (10) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

    Para os clientes residenciais da distribuidora, o aumento médio será de 36,41%. Já para a indústria atendida pela Ampla, ele será maior: 56,15%, também na média.
    O índice de 42,19% é a soma do reajuste, que ocorre todos os anos, e da revisão extraordinária da tarifa da Ampla. Ou seja, foram dois aumentos em um só.

    No final de fevereiro, a Aneel autorizou a revisão extraordinária da tarifa de 58 distribuidoras de energia, com alta média de 23,4%. A Ampla, porém, ficou de fora porque a data do seu reajuste anual estava próxima e a agência preferiu anunciar os dois aumentos juntos.

    Custos mais altos
    O forte reajuste autorizado para as tarifas da Ampla, que também vão atingir clientes de outras distribuidoras, é reflexo do aumento de custos no setor elétrico nos últimos anos.

    Entre as causas da disparada nos custos está o uso mais intenso de usinas termelétricas – que geram energia mais cara, por meio da queima de combustíveis como óleo e gás. As termelétricas passaram a ser usadas com mais frequência a partir do final de 2012, devido à queda acentuada no nível dos reservatórios de água das principais hidrelétricas do país, resultado da falta de chuvas.

    Já a revisão extraordinária visa permitir que as distribuidoras e o governo arrecadem junto aos consumidores, de imediato, recursos para cobrir outras despesas. A principal delas é o financiamento de ações do governo, como o programa Luz para Todos, a subsídio à tarifa de famílias de baixa renda e o pagamento de indenizações a empresas, feitas por meio do fundo Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

    Os consumidores brasileiros já contribuíram para a CDE. Neste ano, porém, vão ter que bancar sozinhos todas as suas despesas, já que o governo, preocupado em economizar, decidiu suspender um repasse de R$ 9 bilhões para o fundo, previsto no Orçamento de 2015.
    A previsão total de gastos da CDE neste ano é de R$ 22 bilhões e, portanto, todo esse valor será pago pelos consumidores via conta de luz.

    Pela regra, as distribuidoras deveriam pagar essa fatura nesse primeiro momento para depois serem ressarcidas no reajuste anual. Entretanto, como o valor é muito alto - e as empresas alegaram não ter recursos suficientes, a Aneel promoveu a revisão extraordinária.

    Ou seja, esses custos já seriam repassados às contas de luz de qualquer maneira. Com a revisão extra, elas apenas foram incluídas antes.

    Detalhes
    O relator do reajuste e da revisão extraordinária da distribuidora, diretor da Aneel André Pepitone, apontou que a contribuição para a CDE foi o que mais pesou para o aumento de 42,19% nas contas de luz da Ampla. Esse item, sozinho, representou 15,07 pontos percentuais.

    Também impactou fortemente (11,23 pontos percentuais) o início do repasse aos clientes da Ampla do empréstimo bancário de R$ 17,8 bilhões feito pelo governo no ano passado para cobrir gastos extras das distribuidoras. Esse empréstimo será diluído nas contas de luz de todos os brasileiros entre 2015 e 2017.

    Pepitone apontou ainda que a distribuidora registrou aumento de 20,63% no custo médio da energia que ela compra das usinas geradoras para atender aos seus clientes. Dos 42,19%, esse item representou 10,13 pontos percentuais.

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