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    Cabo Frio inicia reordenamento do CAMOR

    Unidade passará a ser Casa de Passagem para Adultos e Famílias

    A Secretaria Municipal de Assistência Social de Cabo Frio deu início às ações que compõem o reordenamento do Centro de Atendimento ao Morador de Rua (CAMOR), que passará a ser a Casa de Passagem para Adultos e Famílias. A mudança é necessária para adequar a unidade à Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais.

    - A transformação do CAMOR em Casa de Passagem é necessária porque dentro da legislação que rege a Assistência Social não existe a unidade CAMOR, mas sim Casa de Passagem, que pertence à alta complexidade do Departamento de Proteção Social Especial. Então, assim como o DAPEDE, que foi transformado em Centro-Dia, estamos providenciando as adequações para que todos os equipamentos da Assistência Social de Cabo Frio estejam de acordo com a lei – explicou Jeanne de Souza, superintendente de Gestão do SUAS.

    Dentro do reordenamento do CAMOR serão necessárias algumas providências como a ampliação do espaço físico para acolher as famílias que estiverem em situação de rua.  

    O “antigo” CAMOR é uma Casa de Passagem que atende pessoas adultas de ambos os sexos que vivem em situação de rua na cidade.  O objetivo principal é atender essas pessoas de forma qualificada e personalizada, de modo a promover, de maneira conjunta com o usuário, o processo de saída das ruas, com dignidade e resgate da autonomia. Em 2013, a unidade registrou 460 atendimentos. Em 2014 foram 449. Este ano já são 91.

    Os atendimentos são feitos por uma equipe multidisciplinar, composta por assistentes sociais, psicólogos e cuidadores. O primeiro contato normalmente é feito nas ruas. Equipes fazem rondas 24 horas, todos os dias e abordam as pessoas em situação de rua, abrindo para elas a primeira porta para a saída das ruas. Assim elas são convidadas a irem ao CAMOR.

    Assim que chega ao Centro, o usuário passa por um atendimento com a equipe multidisciplinar, onde, através de uma escuta qualificada, são identificadas as demandas iniciais. A partir daí, através da articulação na rede, são providenciados os encaminhados para atendimento médico, emprego, atualização de documentos, entre outras necessidades. No período em que ficam na casa, o usuário recebe alimentação, material de higiene, corte de cabelo e barba gratuitamente.

    Outro passo importante no atendimento é o contato com a família. A equipe faz uma busca, baseada nas informações cedidas pelo próprio usuário, para tentar, principalmente, o retorno dessa pessoa à família e ao convívio com seus parentes, para que seja restabelecido o vínculo que foi rompido. No caso de pessoas de outra cidade, a Secretaria de Assistência Social providencia a passagem de volta ao município de origem, quando assim a pessoa deseja. 

    Os usuários atendidos na Casa de Passagem, também participam diariamente de aulas no Horto Municipal, onde aprendem o plantio das sementes e poda das árvores. Outra atividade desenvolvida com eles é a oficina de artesanato. Todas essas atividades são fundamentais para a reconstrução da autonomia da pessoa.

    - Através dos trabalhos manuais, eles voltam a se expressar. Muitos deles chegam aqui até mesmo sem falar ou distinguir cores. Assim, aos poucos, são restabelecidos os vínculos e a fala – explicou Luiz Carlos Gigante, coordenador da Casa de Passagem.

    Ainda de acordo com o coordenador, a população cabofriense pode ajudar o trabalho das equipes da Casa de Passagem de duas formas. Uma delas é informando a presença destas pessoas nos locais públicos. Dessa maneira, segundo ele, a ronda passa a ser mais específica.

    - Quando nós recebemos a ligação de pessoas informando a presença de um morador em situação de rua, a equipe da ronda vai diretamente ao local oferecer assistência a essa pessoa. A outra forma, tão importante quanto, é não dar dinheiro ou comida às pessoas em situação de rua porque isto faz com que eles permaneçam nessa condição. Na Casa de Passagem, oferecemos toda assistência, porém, como qualquer local, possuímos regras de funcionamento, onde eles tem horário para acordar, para se alimentar e dormir. Por isso, alguns deles afirmam que preferem ficar nas ruas porque não precisam ter regras nem horários. É por isso que a esmola é um grande incentivador para eles não lutarem por uma mudança de vida – disse o coordenador.

    O telefone para informações é 2645-6837.  A Casa de Passagem fica na Rua Vitória, lote 13, quadra 20, no bairro Palmeiras. O horário de funcionamento é de 2ª a 6ª feira, de 8h às 17h, e plantão 24 horas, todos os dias.

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