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    Cabo Frio amplia o alcance do projeto da Educação de Jovens e Adultos diurna na rede municipal


    Prefeitura ampliou o projeto da EJA, com aulas durante o dia em mais três escolas 

    Cabo Frio saiu na frente mais uma vez e lançou uma proposta inovadora para erradicar a tão indesejada “distorção idade-série” nas escolas da rede municipal. Em 2013, a cidade começou um projeto piloto da primeira turma de Educação de Jovens e Adultos (EJA) com aulas no período diurno na Escola Agrícola Municipal Nilo Batista, em Tamoios. A iniciativa tem atingido resultados tão positivos que neste ano a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SEME), resolveu ampliar a iniciativa também nas Escolas Municipais Prof. Edilson Duarte, no Jardim Caiçara; Teixeira e Souza, no Porto do Carro, e Talita Hernandes Perelló, no Jardim Esperança.

    Pela legislação que organiza a oferta do Ensino Básico no país (Lei 9.394/1996), a criança deve ingressar aos 6 anos no 1º Ano do Ensino Fundamental e concluir a etapa no 9º Ano aos 14. Assim, na faixa etária dos 15 aos 17 anos, o jovem já deverá estar matriculado no Ensino Médio. A distorção é calculada em anos e representa a defasagem entre a idade do aluno e a idade recomendada para a série que ele está cursando. Quando a diferença entre a idade do aluno e a idade prevista para a série é de dois anos ou mais ele é considerado em situação de distorção ou defasagem idade-série. Uma das principais consequências disso é o baixo desempenho dos alunos em atraso escolar, como mostram os resultados das avaliações nacionais do Ensino Fundamental.

    Em Cabo Frio, a SEME identificou que 37% dos alunos da Rede, principalmente aqueles matriculados no 2º Segmento do Ensino Fundamental (6º ao 9º Ano) estavam nessa situação. Dentre as principais causas apontadas em pesquisas estão, principalmente, fatores ligados à situação socioeconômica do aluno, como evasão e abandono escolar para ingresso no mercado de trabalho, dentre outros. Atualmente na Rede Municipal cabo-friense são 12 turmas e, aproximadamente, 400 alunos com idades entre 15 e 18 anos, que estão em séries incompatíveis com a idade e que estão sendo atendidos na EJA diurna.

    De acordo com o professor Marco Antônio Monteiro, responsável pelo Serviço de Educação de Jovens e Adultos da SEME, em 2013 foram necessárias quatro turmas para atender esses alunos na Escola Agrícola, hoje apenas duas turmas foram montadas e para o próximo semestre não haverá mais essa demanda.

    – Com essa medida, a SEME acredita que no período de dois anos o fluxo escolar seja regularizado e esses alunos passam a ser matriculados nos anos escolares correspondentes às suas idades e em condições de aprenderem e de continuarem a sua formação acadêmica – explica Marco.

    As turmas de EJA diurna são ainda mais uma estratégia adotada pela SEME para cumprir o Plano Municipal de Educação (PME) e o Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê a erradicação do analfabetismo até 2020. Com a medida, é possível realizar um trabalho pedagógico mais direcionado e, é claro, mais atraente para o público em questão. 

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