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    Secretaria de Saúde de Cabo Frio tranquiliza população sobre risco de malária no município


    Os médicos devem ficar atentos à presença de síndrome febril e à história de deslocamento às localidades onde os casos foram registrados

    A Secretaria Municipal de Saúde de Cabo Frio tranquiliza a população e orienta como profissionais de saúde, moradores e turistas devem agir em caso de suspeita de malária. Técnicos do departamento de Vigilância em Saúde esclarecem que ainda não há evidências de um surto da doença no estado, mas a orientação se faz necessária já que a Secretaria Estadual de Saúde, só este ano, já registrou 14 casos da doença na Região Serrana. Três deles na cidade de Miguel Pereira. Nova Friburgo (2), Petrópolis (2) e Teresópolis (1) também notificaram pessoas com os sintomas da doença. Outros seis casos foram confirmados, mas especialistas ainda investigam a origem da contaminação no Estado.

    A situação de alerta nos municípios é direcionada para as pessoas que irão visitar ou que tenham visitado as regiões próximas à Mata Atlântica, devido ao forte calor, que favorece o desenvolvimento do mosquito transmissor.

    - Como a transmissão ocorre em ambiente silvestre, a orientação para as pessoas que tenham frequentado áreas de mata atlântica e que apresentem quadro febril é para que busquem atendimento médico informando o histórico de viagem para facilitar o diagnóstico e dar início ao tratamento adequado, - disse o técnico do setor de epidemiologia da Secretaria de Saúde de Cabo Frio, médico sanitarista Beto Nogueira.

    O Estado é considerado oficialmente livre da malária há pelo menos duas décadas. Desde 1980 não há registro de ocorrência da doença em Cabo Frio. De acordo com o sanitarista não há motivo de alarme para a população.

    - A equipe da Fiocruz está investigando os casos suspeitos de malária do Rio, realizando o diagnóstico e prestando assistência aos pacientes. Trata-se de uma situação bastante concentrada na região serrana, - afirma.

    A região onde os casos aconteceram no Estado do Rio é recoberta por Mata Atlântica – bem longe da Amazônia, região que concentra mais de 99% do total de casos no país. Pacientes com suspeita de malária fora da região endêmica devem ser encaminhados para um centro especializado no diagnóstico e tratamento, mesmo que não haja confirmação da doença nos primeiros exames diretos ou no teste rápido. O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), localizado em Manguinhos, no Rio de Janeiro, tem equipe especializada no diagnóstico e tratamento da doença e é referência do Ministério da Saúde para os casos na Extra-Amazônia.

    O técnico do setor de epidemiologia da Secretaria de Saúde de Cabo Frio destaca ainda que os médicos devem ficar atentos à presença de síndrome febril e à história de deslocamento às localidades onde os casos foram registrados. Na forma clássica da doença, o principal sintoma é a febre, que pode ser constante nos primeiros dias, para depois ocorrer de forma intermitente, a cada dois ou três dias. Os pacientes também podem apresentar calafrios, suor e dor de cabeça, embora a ausência desses sintomas não exclua a possibilidade de malária.

    - A malária da Mata Atlântica costuma ter poucos sintomas e raramente é motivo de internação hospitalar. Diante da falta de especificidade do quadro clínico, a história de deslocamento é o aspecto que deve orientar a investigação diagnóstica, - conclui.
        
    Os casos de malária atendidos ou diagnosticados na Fiocruz são obrigatoriamente notificados às autoridades sanitárias locais, responsáveis pelas medidas de controle dos possíveis focos de infecção e caracterização de surtos e epidemias.

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