- No ano passado fiz questão de trazer nomes conhecidos do público nacional, como Afro Reggae e Carlinhos Pró-Menor, entre outros, para falar sobre o assunto porque a secretaria era nova e estávamos em início de funcionamento. Este ano já podemos apresentar ao público o trabalho que vem sendo realizado de tratamento, prevenção e apoio às famílias para a recuperação e reinserção social dos dependentes -, disse Cris Mansur.
Além de palestras sobre o uso de drogas, quem for ao teatro na próxima quinta-feira (26), vai poder conhecer o tratamento com dependentes químicos que vem sendo realizado no município com um índice de recuperação superior ao obtido em dezenas de clínicas particulares do país. Segundo Cris Mansur a taxa de recuperação no município tem sido de 50%, enquanto que a média no país gira entre 20 e 30% dos dependentes.
- Esse sucesso só é possível graças ao trabalho humanizado realizado com os internos, que consiste em manter uma rotina de trabalho, convivência comunitária e o exercício da espiritualidade -, explica.
A ONU designou o dia 26 de junho como o Dia Internacional da Luta contra o Uso e o Tráfico de Drogas. O Brasil adotou-o com o Dia Nacional de Combate às Drogas, tal a importância que o tema suscita em toda a sociedade. Atualmente, obter informação sobre drogas é muito fácil, pois o acesso aos meios de comunicação (televisão, revistas, internet etc.) é viável para todos, independentemente do nível econômico da pessoa.
- Se, por um lado, essa facilidade de informação pode ser esclarecedora quando as drogas são abordadas com seriedade, por outro lado, pode ser uma porta aberta para o consumo delas, uma vez que há muitas propagandas a favor do vício, direta ou indiretamente, sobretudo nas novelas -, destaca Cris Mansur.
Pais e educadores precisam estar bem informados sobre os perigos e as conseqüências das drogas e conversar com os filhos de maneira franca, pois o diálogo é o melhor caminho. A dependência química é uma doença crônica e reincidente, caracterizada pelo consumo compulsivo de drogas. Por isso, é indispensável a ajuda de um profissional competente. Por mais que as drogas sejam atraentes e prazerosas no início, a realidade do vício é bem diferente. O viciado passa por uma experiência terrível de angústia, insegurança e medo.
- A família sofre tanto quanto o dependente. Muitas delas são destruídas durante esse processo. O vício pode ser tratado, mas o sucesso desse tratamento depende de uma variedade de fatores. É na família, portanto, que deve começar a luta contra o narcotráfico, com continuidade nas salas de aula, para que os jovens sejam reeducados e reintegrados ao convívio social, livres do vício e da violência -, conclui a secretária.
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