Secretaria de Meio Ambiente recolheu 62 pingüins, quatro tartarugas, uma moréia e dois albatrozes
A principal suspeita é que as mortes tenham sido causadas por um conjunto de fatores, incluindo correntes marítimas, ressaca, acúmulo de lixo e, o mais grave, pesca ilegal. Apesar de estar incluída na área de preservação do Parque Estadual da Costa do Sol, a Praia do Forno ainda é local de intensa prática ilegal da pesca, por ser ambiente favorável à reprodução dos animais marinhos:
“Estes animais escolhem a nossa costa para a reprodução, graças a fatores como temperatura ideal. Como os peixes também se reproduzem muito aqui, a praia acaba atraindo muitos pescadores que, embora saibam que é área protegida, jogam as redes assim mesmo. A rede em que estavam estes animais foi colocada às 19h de sábado, segundo já foi descoberto. Na rede, havia, ainda, muito lixo flutuante, oriundo de outros municípios, o que agravou o quadro de degradação ambiental”, afirmou o Guarda Marítimo, Marcelo Morel.
Na manhã desta segunda-feira, dia 19, parte dos animais passou por exames laboratoriais a fim de que se verifique a causa exata das mortes. Toda a ação foi lavrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) que registrou imagens da operação. De acordo com Morel, na região, tem se tornado comum a morte de 50 a 100 pingüins em um período de seis meses, devido às mudanças climáticas e degradações ambientais. Contudo, não há registro de tantos animais mortos, de uma só vez, em Búzios:
“Vamos intensificar os trabalhos nos finais de semana, principalmente nas praias que ficam em áreas protegidas. Já vínhamos fazendo este trabalho e, agora, a ordem é intensificar mais ainda. Ao mesmo tempo, a Secretaria de Meio Ambiente aguarda o laudo sobre as mortes na Praia do Forno”, disse ele.
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